Eu já falei com vocês que é possível ver vários sinais e sintomas da síndrome do envelhecimento precoce bucal. E aí, vem aquela pergunta, o cliente pode fazer pra mim, inclusive. E agora, doutora, o que fazer? E agora, José? Bom, então o que eu vejo? É o seguinte, os sintomas e sinais é o que eu posso resolver.

É a limitação do dano, vamos dizer. Ele está com um bruxismo noturno excessivo. Então, nós vamos indicar uma placa estabilizadora.

Mas qual que é a causa desse bruxismo? Qual que é a causa de todo esse desgaste, de toda essa dor desse paciente? Qual que é a causa da mudança daquela característica salivar? Então, eu tenho que buscar a causa. Se for ansiedade, eu tô levando pra esse paciente a consciência. Realmente, eu estou muito ansioso, doutora.

Eu tô percebendo que eu não tô dormindo bem. E quando eu faço a pergunta, você aperta o ombro do paciente durante o dia? Eu falo, não, eu não aperto. Depois ele começa a observar, ele toma consciência.

Então, o que que eu faço quando eu vejo esse sinal ou sintoma? Eu vou pedir pra ele tratar da causa. E muitas vezes, ele já tá até tratando quando é ansiedade. Eu já estou tratando, já estou tomando uma medicação.

Eu vou limitar o dano. Eu vou diminuir com a placa. Eu posso fazer uma restauração pra aliviar a dor.

Tem a dessensibilização também, que a gente chama pra eliminar a dor. Enfim, eu vou limitar o dano, mas eu tenho que encaminhar. Se for um problema de sono, tem profissionais que cuidam do sono.

Se for um refluxo, nós temos que encaminhar pro gastro. Então, são outras áreas que vai tratar. Não sou eu que vou tratar da causa.

Eu vou alertar. Eu vou conscientizar. E eu vou cuidar daquilo que tá acontecendo na cavidade oral.

Sou Emília Carla Finotti, odontopediatra.