Eu quero te dizer uma coisa, que eu posso descobrir quando eu faço o exame da cavidade bucal, que o indivíduo está passando por um problema de ansiedade. Ele pode estar com refluxo, pode estar com distúrbio do sono, se ele tem ronco, olha só, olha que nível que nós chegamos na odontologia. É tão legal isso, porque a gente sabe que muitas doenças se manifestam na boca, mas hoje é tão fácil, fácil que eu digo, assim, a gente tem que mudar a visão.

Então hoje é possível fazer um diagnóstico de um paciente que está ansioso, pelo apertar dos dentes. Como assim?

Faz desgaste, ele tem dor, eu percebo que existe um osso na boca, que a gente chama de tórus palatino ou vestibular, é uma coisa técnica, mas você entendeu, o osso cresce. Esse paciente sente dor, esse paciente fica tenso, o tempo inteiro apertando.

A saliva muda, eu posso descobrir muitas coisas, eu já até falei aqui em vídeo sobre o cigarro eletrônico, então tudo, gente, aparece na boca, a gente precisa ter a visão. E eu como odontopediatra, aonde é que eu foco? Eu foco na criança, eu começo a observar várias coisas nessa criança. Aquela criança que está com desgaste, um bruxismo, que é normal até uma certa idade, mas depois ele está sendo patológico, está sendo muito intenso.

Eu percebo que ela estava brincando, ela está roendo as unhas, ela está o tempo todo no celular. No adolescente, eu já começo a perceber sinais de dor, sinais de desgaste, enfim. E no adulto jovem? Nossa, lá eu já começo a ver mais problemas, então eu tenho que mudar a minha visão.

Para quê? Para alertar, para fazer uma descoberta, além de cáries, doces e doenças periodontais.

Sou Emília Carla Finotti, odontopediatra.